quarta-feira, 7 de abril de 2010

Sobre as aulas

Na realidade não existe fórmula, parece meu clichê, mas cada turma é uma turma.
Ok, é necessário ter um planejamento.
Mas ele não é garantia de que dará certo, é bem verdade
que poucas vezes da certo, porém o professor tenta e assim vai descobrindo como levar, e as necessidades de cada turma, porque não dizer de cada aluno.
Cada coisa no seu tempo, sim somos jovens e queremos desempenho de adulto, de mestres que lecionam há 15, 30 anos!
Calma, muita calma...pois história, docência se constrói. Se desistir sem tentar nada se construirá!

Imagine-se uma escola de natação que dedicasse um ano ao ensino de anatomia e da fisiologia da natação, da psicologia do nadador, da química da água e da formação dos oceanos, dos custos unitários das piscinas por usuário, da sociologia da natação (natação e classes socias), da antropologia da natação (o homem e a água) e, desde o início, da história mundial da natação, desde os egípcios até os nosso dias. Tudo isso evidentemente, na base de aulas magistrais, livros, quadro-negro, porém sem água. Em uma segunda etapa, levar-se-iam os alunos-nadadores a observar, durante outros vários meses, a nadadores experientes e, depois dessa sólida preparação, seriam lançados ao mar, em águas bem profundas, num dia de temporal, em pleno inverno.
Busquet.
(ENRICONE, Délcia. Ser Professor. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2006)
A citação acima está no artigo "O professor e a construção de competências", de Jocelyne da Cunha Bocchese.
Quando li esse artigo sobre ser professor, descobri os porquês das angústias na facul, mas isso é passado. Entretanto, serve de aprendizado

Sim, caros colegas de licenciatura em teatro, recém formados pela UFRGS, nós sobrevivemos em alto mar, agora precisamos construir nossas escolas na praia, no morro, no asfalto, e até nas escolas.

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