sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Novembro vem aí

Gente, outubro foi a maior correria. Minha vida artística passando por transformações e a pessoal também.
Na última quarta tive a honra de falar com Ruth de Souza pelo telefone, Lucila e Eu estamos batalhando para apresentar um espetáculo sensível, delicado e forte como essa grande atriz.
Em Novembro mostrarei parte de um processo que está sendo lindo, "E se África?" que considero meu primeiro desafio como atriz. As fotos estão lindas, em breve coloco por aqui! Toni Edson é um amigo e diretor generoso!!!!
Enquanto isso "Minas de Conceição Evaristo" passa por belas transformações.
E... dia 5 EU VOU PRA SALVADOR!
É a ancestralidade chamando, fui!

sábado, 23 de outubro de 2010

NEGRO EM MOVIMENTO

Hoje numa palestra ouvi a Joselina da Silva dizer: "negro em movimento é movimento negro". Acredito que quando um negro está lutando, criando e transformando ele faz parte de um movimento. Faz parte de um movimento porque luta de seu jeito por condições mais justas e igualitárias de  vida. E essa história do negro lutar por seus ideais surgiu quando?

Josiane Acosta em Cena- dias 3 e 4 de novembro

Olá pessoas, dia 3 de novembro,as 20 horas vou abrir a programação da Estação Ferrinho 47 anos
apresentando fragmentos do meu primeiro trabalho solo. O Ferrinho fica na rua Dona Teodora, 1250.


Sinopse
"E se ÀFRICA?" Navegando em África de nossos ancestrais, remamos com contos que retratam questões como solidariedade, respeito e amor. Contos que encantam, ligados ao universo das águas. Seja rio, mar ou chuva, buscam-se pequenas gotas da afro-brasilidade através de narrativas de orixás. De forma sensível, usando recursos vocais e expressivos, o público é convidado a ver, ouvir e pensar em quantas Áfricas podemos nos banhar. Os contos são interpretados pela atriz Josiane Acosta, licenciada em TEATRO pela UFRGS, sob direção e composição musical de Toni Edson licenciado no mesmo curso pela UDESC e Mestre em Literatura brasileira pela UFSC. Um trabalho composto de mosaico cultural experimentado em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul e na Bahia.


No dia 4, estarei na 56ª Feira do livro de Porto Alegre, no teatro Sancho Pança, as 20h com o recital poético musical

"Minas de Conceição Evaristo".


Com  as atrizes: Vera Lopes, Glau Barros, Josiane Acosta, Pâmela Amaro
E os músicos: John Silva, Djâmen Farias e Oná Abiàse.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Sobre a (in)visibilidade do artista negro

Já se passou mais de meio século desde o surgimento do Teatro Experimental do Negro, grupo que teve sua estreia no palco do Teatro Muncipal do Rio de Janeiro com uma cena repleta de atores negros. Naquele cena estavam nomes como Abdias do Nascimentos, Ruth de Souza, Solano Trindade e por aí vai. O TEN mostrou que o negro tinha plena capacidade de representar.
 Escrevo esse texto porque ainda hoje as atrizes e atores negros são colocados em um "saco", quando se fala de uma atriz ou ator negro com mais 10,15,20,30,40,50 anos de carreira se diz: "aquela atriz negra, ai agora não me lembro o nome". Sabe quem é Ruth de Souza, Léa Garcia? Sim, claro... é aquela que fez uma mãe de santo numa novela! Não minha senhora aquela é a Xica Xavier, mas talvez elas também tenha feito esse papel...porque será?
Um diretor negro aqui de Porto Alegre, com mais de 40 é sempre indicado como: "o jovem diretor fulano de tal". Creio ser essa uma herança colonizadora onde o negro era tratado como inferior, com falta de maturidade, como criança mesmo.
Tudo bem tenho que admitir que o cenário está mudando, afinal de contas o número de atores negros que uma das redes de maior audiência da televisão brasileira vem lançando nos últimos tempos está aumentando. Mas fiquemos em alerta, pois as negras ainda são as gostosas e "doidinhas" por marido. O professor negro não tem família ou quando tem é totalmente desestruturada, o contador da empresa é mal caráter, um personagem que seria uma grande promessa de estrategista num  filme recentemente lançado, tem atitude e um fim que não condiz com a sua trajetória na ficção. Como dizia o professor de um grande cursinho, "até meu cachorro saberia o que fazer naquele situação".
Vamos deixar a hipocrisia de lado, não é um favor colocar artistas negros na cena teatral, televisiva ou cinematogáfica, somos mais de 50% da população desse país, o Brasil é indígena, negro, pardo, mestiço e branco. Reparem a quantidade de jovens atores não negros que são revelados todo o ano na televisão brasileira. E como ficamos hiper-mega felizes ao ver mais uma cara preta na telinha. Façam assim: olhem para a telinha, olhem para a telona e para os palcos, depois para a rua e digam se estou certa ou errada.

Quem são essas:


E essas...







E tem muito mais.

Léa Garcia
Ruth de Souza
Xica Xavier
Thalma de Freitas
Tais Araujo
Maria Ceiça
Danielle Ornelas
Adriana Lessa
Sheron Menezes
Maria Gal
Glau Barros
Vera Lopes
Ravena Dutra
Dedy Ricardo
Josiane Acosta
Adriana Rodrigues

conheço e tenho certeza que existe muito mais...

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Nasceu meu primeiro afilhado




Sim, genteeeeeeeeeeeee! Nasceu meu sobrinho, que também é afilhado. Então fiquem sabendo que a familia Acosta e a Nação colorada aumentou (em breve disponibilizo o vídeo). Um lindo menino, de nome Rodrigo, 4k200g... nasceu calmo como as águas de um rio. Sua mãe(Lusiane) teve o ventre multiplicado... calma, dor, lágrimas e o sorriso. Ela não está mais só, agora está aconchegando e protegendo o seu guri. A dinda restou, no primeiro dia, um olhar através do vidro e a certeza de que ele terá um futuro brilhante! O nariz é lindo, herença de nossa resistência. Enfim, nasceu o lindo da Dinda! Mais um para brilhar nos palcos da vida!
Eu toda boba no 2º dia de vida do Digão!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Gosto dessa música e . final

"A tristeza é senhora


Desde que o samba é samba é assim

A lágrima clara sobre a pele escura

A noite, a chuva que cai lá fora

Solidão apavora

Tudo demorando em ser tão ruim

Mas alguma coisa acontece

No quando agora em mim

Cantando eu mando a tristeza embora



A tristeza é senhora

Desde que o samba é samba é assim

A lágrima clara sobre a pele escura

A noite e a chuva que cai lá fora

Solidão apavora

Tudo demorando em ser tão ruim

Mas alguma coisa acontece

No quando agora em mim

Cantando eu mando a tristeza embora



O samba ainda vai nascer

O samba ainda não chegou



O samba não vai morrer

Veja o dia ainda não raiou



O samba é o pai do prazer

O samba é o filho da dor

O grande poder transformador"

(Caetano Veloso)