Noite de Porongos
Noite de traição.
Lanceiros, sei a noite em que morreram – 14 de novembro de 1844.
Não sei o dia em que nasceram.
Não sei os seus nomes.
Só sei que em tempo de guerra vocês foram assassinados em nome da paz.
Somos todos lanceiros.
Queremos justiça.
Somos amantes da paz e da vida.
Lanceiros, guerreiros, baluartes da liberdade.
Lutaram e morreram sonhando com ela.
Negro lanceiro,
Mesmo quando tombaram, dizia
Sou um lanceiro,
Sou negro, sou livre.
Jamais serei escravo.
Liberdade, liberdade, liberdade...
Poema do Senador Paulo Paim inspirado na batalha de Porongos, em 14 de novembro de 1844, na qual lanceiros negros republicanos e farroupilhas se aniquilaram mutuamente por ordem dos chefes militares que não pretendiam conceder-lhes liberdade.
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